1ª - Seqüência Didática 2º Bimestre
Ano - 2011 – 8º ano - manhã
ESCOLA: Dom Avelar Brandão Vilela PROFESSORA: Nazarete Andrade Mariano TEMA GERAL DA ESCOLA: CONHECER A CIDADE COMO PRINCIPIO EDUCATIVO PARA PODER CUIDAR MELHOR DOS TERRITÓRIOS LOCAIS TEMA DO 1º Semestre |
ÁREA: Código e Linguagem
Descritores Curriculares / SAEPE:
Língua Portuguesa:
D6- Localizar informação explicita no texto
D7 – Inferir informação em um texto
D9- Identificar o tema central do texto
D12 - Identificar a finalidade dos gêneros cartas: do leitor e ao leitor
D26- Identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e / ou o interlocutor.
ANO: 8º ano - manhã
TEMPO: 20 aulas (50 minutos )
CONTEUDO DA OTM:
Eixo: Produção de texto oral e escritaà música e paródia (intertextualidade)
e entrevista
Eixo: Análise Linguística: pronomes (de tratamento); adjetivos; Interrogação e metonímia.
2. OBJETIVO
è Identificar informações explicitas do gênero
è Identificar o tema central do texto.
è Identificar a finalidade do gênero
è Identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e / ou o interlocutor.
è Adequar a fala em diversas situações de interlocução, ampliando o intercâmbio social.
è Reconhecer o valor expressivo do adjetivo na descrição de lugares e características das pessoas e cenários.
è Identificar o emprego dos recursos gráficos usados para marcar o discurso na carta do leitor e ao leitor e da entrevista.
è Identificar os elementos que constituem a paródia: verso, estrofe, figuras de linguagens, rimas, musicalidade.
è Utilizar estratégias de escrita: planejar, redigir rascunho, revisar e reescrever o texto.
RECURSOS
- Data show
- Notebook
- Internet
- Pincel
- Copias de textos
- TV e DVD
- Som
3. METODOLOGIA (DESENVOLVIMENTO)
1º MOMENTO 2 aulas ( 25.04.2011)
Partindo das discussões estabelecidas na unidade 1, sobre língua, linguagem, variação lingüística, gêneros textuais, inclusive, poema, poesia, tirinha e paródia, inclusive referente à entrega das avaliações. Iremos continuar com a produção das paródias, uma vez que os alunos não cumpriram com esta atividade na 1ª unidade, em sala os alunos irão ouvir o clipe da música disparada e irão produzir uma paródia e apresentar na sala, as melhores apresentações serão escolhidas para serem em ensaiadas com mais alunos da turma e apresentar no dia do festival de paródia, no pátio da escola, cujo tema : CONHECER A CIDADE COMO PRINCIPIO EDUCATIVO PARA PODER CUIDAR MELHOR DOS TERRITÓRIOS LOCAIS, então os alunos irão produzir paródias que falem da realidade local, retratando tanto as belezas, quantos os problemas sociais existentes nestes espaços.
DISPARADA – GERALDO VANDRÉ (MOMNETO DELEITE E DE REFLEXÃO CRÍTICA)
Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar Na boiada já fui boi, mas um dia me montei Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte Muito gado, muita gente, pela vida segurei Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando As visões se clareando, até que um dia acordei | Então não pude seguir valente em lugar tenente E dono de gado e gente, porque gado a gente marca Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente Se você não concordar não posso me desculpar Não canto pra enganar, vou pegar minha viola Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo Já que um dia montei agora sou cavaleiro Laço firme e braço forte num reino que não tem rei |
Após esta atividade, colocar um clipe sobre gêneros textuais para que os alunos relembrem as discussões sobre os gêneros e suas finalidades.
Solicitar para casa a leitura da entrevista existente na página 145 a 148. Solicitar que os alunos tragam o livro na terça feira.
2º MOMENTO 2 aulas (26.04.2011)
Momento deleite ( a Parábola da Vaquinha, texto oral)
Colocar a sala em circulo, fazer alguns questionamentos prévios sobre a entrevista solicitada para leitura e casa, em seguida fazer a leitura da entrevista da página 145 a 148, onde um aluno fará a pergunta e outro responderá, em seguida fazer uma discussão reflexiva sobre a entrevistas (responder com ajuda da professora as páginas 149 a 151.) do livro didático de Magda Soares, no decorrer das discussões serão explicados o uso das pontuações (. ? “” entre outras) o uso da metonímia (figuras de linguagens) os pronomes pessoais e de tratamento.
Com relação a metonímia, colocar a frase PAPO – CABEÇA pra PENSAR
Que sentido tem cabeça na expressão papo-cabeça?
Por que cabeça pôde adquirir esse sentido?
Vale lembrar que metonímia é a figura de linguagem que representa a relação de proximidade ocorre de diversas formas:
A parte pelo todo; A mão que balança o berço ( a mão = a babar / a mãe)
Eu tenho um teto para morar
Um conteúdo representado pelo que contém.
Gostaria de beber tomar um copo de água ( água em um copo)
Uma obra representada pelo nome do seu autor.
Gosto de ler Drummond.
A marca pelo produto.
Bombril, mil e uma utilidades.
Ele chegou em um Chevrolet.
3º MOMENTO 2 aulas
Definir 3 grupos
O grupo do SIM – vão apresentar argumentos defendendo que ainda há preconceito racial no Brasil.
O grupo do NÃO – vão apresentar argumentos defendendo que já não há mais preconceito racial no Brasil.
O grupo dos indecisos – Aqueles que irão ouvir os argumentos dos dois grupos antes de assumir uma posição.
Após os debates, cada grupo receberá uma folha de papel madeira e colocará os argumentos defendidos pelos componentes de cada grupo e fará a exposição na parede da sala.
AINDA HÁ PRECONCEITO RACIAL NO BRASIL?
O preconceito racial ainda existe no Brasil isso ninguém pode negar, pois vemos que existem muitas piadas referentes a negros e brancos, é claro que o preconceito racial já não é mais como antigamente, onde os negros eram escravos, ou a pouco tempo em que tinham a oportunidade profissional quase nula,.
Muita coisa mudou em relação a preconceito racial, hoje em dia, por exemplo, existe a cota de negros para universidades que visam ajudar essas pessoas que às vezes não tem oportunidades de conseguirem um diploma universitário, um reflexo do que foi o passado. Hoje se reflete esse passado em faculdades que possibilitam filhos e netos desses negros a conseguirem uma vaga, gera certa polêmica, pois alguns defendem a impressão de que os negros são mais frágeis.
Lojas em especial que vendem moda, muitas vezes não aceitam funcionários negros, não falam diretamente, mas aceitam o currículo sem dar a devida importância.
Também existe o preconceito de pessoas quando andam pelas ruas a noite que veem um negro vindo em sua direção e cortam volta por imaginar que possa se tratar de um bandido, ainda há muito que ser feito, nosso país é muito democrático e alugares para todos, só que precisamos cortar esse mal racial pela raiz e não deixar que ele domine os nossos filhos e netos, sendo assim o Brasil inteiro precisa lutar contra isso, mostrando que todas as raças são iguais e que não há diferença alguma entre nós. Se aos olhos de Deus não temos diferenças por que vamos pensar isso de outras pessoas brancas como negras?
Preconceito racial é crime!
Muita coisa mudou em relação a preconceito racial, hoje em dia, por exemplo, existe a cota de negros para universidades que visam ajudar essas pessoas que às vezes não tem oportunidades de conseguirem um diploma universitário, um reflexo do que foi o passado. Hoje se reflete esse passado em faculdades que possibilitam filhos e netos desses negros a conseguirem uma vaga, gera certa polêmica, pois alguns defendem a impressão de que os negros são mais frágeis.
Lojas em especial que vendem moda, muitas vezes não aceitam funcionários negros, não falam diretamente, mas aceitam o currículo sem dar a devida importância.
Também existe o preconceito de pessoas quando andam pelas ruas a noite que veem um negro vindo em sua direção e cortam volta por imaginar que possa se tratar de um bandido, ainda há muito que ser feito, nosso país é muito democrático e alugares para todos, só que precisamos cortar esse mal racial pela raiz e não deixar que ele domine os nossos filhos e netos, sendo assim o Brasil inteiro precisa lutar contra isso, mostrando que todas as raças são iguais e que não há diferença alguma entre nós. Se aos olhos de Deus não temos diferenças por que vamos pensar isso de outras pessoas brancas como negras?
Preconceito racial é crime!
4º MOMENTO
Como estamos tratando do gênero entrevista, será retomada a discussão sobre o gênero entrevista, os alunos irão juntar em grupos no máximo de 4 pessoas, cada grupo ficará para fazer uma entrevista: escrita (impressa), televisiva e radiofônica. Cujo tema será sobre “ O MOVIMENTO DA BOSSA NOVA”, no qual foi solicitado a pesquisa para ser levada para sala de aula.
AVALIAÇÃO
Como avaliar é um processo contínuo e sistemático, os trabalhos serão analisados por etapas, bem como os conhecimentos construídos a partir deles, levando em conta o envolvimento da turma para as atividades solicitadas e os objetos aqui pretendidos. Será analisado a partir da proposta estabelecida no projeto, para tanto, os alunos serão interlocutores na construção do conhecimento.
4. REFERENCIAS
ANTUNES, Irandé. LÍNGUA, TEXTO E ENSINO: outra escola possível. São Paulo: parábola editorial, 2009.
DIVERSIDADE TEXTUAL: os gêneros na sala de aula. Organizado por D618 Carmi Ferraz Santos, Márcia Mendonça, Mariane C.B. Cavalcanti. 1ª Ed. Belo Horizonte: Autentica 2007
FARACO, Luiza. História de Sinais.SP: 17, Ática, 2001.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: 12ª, Cortez, 1986.
RESULTADOS DA PRIMEIRA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Como os alunos têm uma bastante dificuldade em desenvolver produções orais e escritas, foi solicitado que os alunos fizessem individual uma paródia de alguma música que eles gostassem, falando sobre os diversos locais em que eles vivem e convivem, alguns conseguiram, já outros, nem tentaram. Vale lembrar que na sequência didática anterior foi trabalhado o referido gênero ( paródia) inclusive com música e poesia.
Segue abaixo algumas das produções de paródia produzida pela 7ª A.
Paródia ( não colocou a que música, nem o título )
Aluno Emerson ( 7ª A)
Tenho um compromisso com Juazeiro,
Com o povo do barraqueiro!!
O panetone feito de arruda...
deixou a população muda!!
Com jeito cruel e insensível e traiçoeiro
Um político com a cueca cheia de dinheiro.
Fingiu fazer uma oração ao senhor,
Mas, isso foi um engano com o povo.
Pois, ele fez uma prece ao satanás
que sempre desejava mais...
Mas, grana para acabar com a paz!
Com a minha corrente de ouro...
e a minha jaqueta de couro!
parecendo um cantor popular...
esta corrupção, vou denunciar!
Imitando o grande cantor Guilherme Arantes...
A desonestidade não será como antes.
Passarei um rolo compressor ...
Um rolo compressor....
em cima do silêncio...
O rolo compressor nem começou..
Quem tiver culpa e deseja dizer algo...
Vale lembrar que esta produção já foi com a orientação da reescrita, mesmo assim o aluno ainda teve muita dificuldade de desenvolver a paródia, fazendo uma, certa, mistura de temas.
Paródia da música “ Tremendo vacilão – MC Perla
Título: ?
Aluno: Bruno Rafael ( 7ª A)
Tira, tirun
Tira, tirum
Tira, tirum
Oua... Oua...
Desmatamento na parada
Destruição então a chegar
Poluição, efeito estufa
Vai acabar com este mundão
Sol tá quente
Geleiras derretendo
Será que tudo vai findar?
Agora é a hora de preservar
Senão o bicho vai pegar
Se tu não preservar
Tu és um vacilão
Tá tudo se esgotando
Então se liga meu irmão
A seca predomina
Junto com a poluição
Agora é a hora de agir
Unindo a população...
Após estas tentativas de produção de paródia, resolvi fazer uma paródia coletiva da música disparada, pois era a música que foi sugerida para o sarau de poesia, mesmo em conjunto e com meu auxilio, tiveram muitas dificuldades em produzir uma paródia para que eles prestassem a atenção na produção e ajudassem na construção (vale lembrar que todos tinham a letra da música e foi ouvida várias vezes para familiarizar com o ritmo)
A paródia ficou assim:
Titulo da paródia: Repare no meu sertão, da música Disparada.
Repare no meu sertão,
as coisas que vou contar
Você sabe o que é o sertão?
Cê sabe o que é o sertão?
Cê sabe o que é o sertão?
agora irei lhe falar
Vivendo sem dizer não
O solo a cultivar
Plantando e criando tudo
plantando e criando tudo
dormindo fora de hora
Nunca pensei em parar
eu fui bom agricultor
na fazenda me criei
muita coisa cultivei
eu tive muito sucesso
eu tive muito sucesso
e até hoje sou grato
pelo dom que Deus me deu
agora eu vim pra cidade
querendo ser diferente
pois nordestino é valente
e comecei a estudar
passei no vestibular
e hoje estou bem formado
pois o esforço foi meu
Mas, tiveram muita dificuldade em cantar, então sugerido que os alunos fizessem em forma de recital, mas também não mostraram interesse para tal.
Como tínhamos que continuar com as outras discussões proposta na sequência didática, o trabalho de paródia será retomado posteriormente, após a pesquisa e a entrevista sobre o movimento bossa nova, para fazer com os alunos tenham um pouco mais de familiaridade com outros gêneros que não sejam os que já estão acostumados a ouvir, falar e cantar. Pois partirmos do gosto do aluno para chegar em outros estilos que a música popular brasileira nos proporciona.
O trabalho com a entrevista deu-se inicio com o texto existente no livro didático dos alunos, que falava sobre o preconceito, como os mesmos haviam assistido ao filme “ Mãos talentosas” no final da unidade 1, então foi feito um gancho desta discussão para adentrar na temática estabelecida pelo livro, depois das análises de compreensão e interpretação, foi trabalhado aspecto do gênero, bem como da linguagem presente no texto, funilando para o uso da metonímia presente na entrevista em questão.
Para que o assunto da entrevista não ficasse fora do contexto da discussão, a sala foi dividida em três grupos: “ Ainda há preconceito racial no Brasil”
1º era a favor do preconceito racial
2º era contra o preconceito racial
3º era indeciso
Foi criado momento para que cada os dois primeiros grupos se posicionassem e argumentassem a favor da sua temática e convencessem ao terceiro grupo. Para ajudar as discussões dos alunos, foram entregues copias de textos falando sobre o preconceito racial.
